quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Somos todos Nívia de Araújo! Chega de violência contra à mulher em São Gonçalo!

(Rosa Russo, da Secretaria de Mulheres do PSTU de São Gonçalo e Itaboraí;
Roni Yuri, do PSTU-SGI)

O funcionário terceirizado da Petrobras Leonardo Carvalho de Oliveira, de 25 anos, se entregou na noite deste sábado, por volta de 21h10, dia 4/1, na 73ª DP (Neves), em São Gonçalo. Ele estava sendo procurado pela polícia por suspeita de jogar a ex-namorada, a estudante de direito Nívia Araújo, 24 anos, do terraço da casa dela, no Rocha.

O caso ganhou repercussão na mídia e chocou não só os moradores de São Gonçalo, mas todo o país. Mais uma vez, uma mulher é brutalmente agredida até a morte no Brasil. Depois de passar o Réveillon com um grupo de amigas, Nívia fora surpreendida em sua própria casa pelo ex-namorado, que não aceitava o fim do relacionamento. Leonardo arrombou a porta e, depois de quebrar todo o quarto da jovem, a jogou do terraço.

A jovem, que sofreu traumatismo craniano, fraturas nos braços, perna e coluna e perfuração do pulmão, foi socorrida pelos bombeiros e levada para o Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, mas a gravidade das lesões impediu qualquer chance de sua vida ser salva. Na tarde de sexta-feira, Nívia teve morte cerebral decretada pelos médicos.

Leonardo, que já carrega denúncias anteriores por agressão e ameaças a outras mulheres, agora alega, através de seus advogados, que a jovem teria caído sozinha do terraço.

A sociedade não pode mais tolerar este tipo de brutalidade contra a mulher. Elisa, Eloá, Nívia... elas e tantas outras anônimas são assassinadas diariamente no Brasil. Não podemos nos calar! Exigimos a prisão imediata para o agressor. Leonardo não pode responder em liberdade! Pessoas como ele são uma ameaça real às mulheres e à sociedade como um todo.

Mas não pode ser só isso. A Lei Maria da Penha foi uma grande vitória do movimento feminista brasileiro, mas ainda é insuficiente para garantir que casos como este não se repitam. Faltam casas abrigo para mulheres agredidas que dependam financeiramente do agressor e seus filhos; faltam delegacias especializadas e centros de atendimento às vítimas de agressão machista.

Enfim, muita luta ainda precisa ser travada para que não vejamos mais Nívias, Elisas e Eloás morrendo todos os dias em nossa cidade e em nosso país. O PSTU se solidariza com a família de Nívea. A melhor forma de homenagear a estudante é mantendo-se firme na luta contra o machismo, que mata milhares de mulheres todos os anos e ataca toda a classe trabalhadora!


--->Exigimos justiça para Nívia de Araújo! Prisão imediata para Leonardo!
--->
Chega de violência contra a mulher! Mulher não é propriedade, relacionamento não é algema!
--->Chega de machismo! Salário igual para trabalho igual, direitos iguais para todos!
--->Ampliação e aplicação das verbas da Lei Maria da Penha! Construção de casas-abrigo e Delegacias da Mulher já!
--->Não ao Estatuto do Nascituro! Não à Bolsa-Estupro de Marco Feliciano!






Nenhum comentário:

Postar um comentário