por Rodrigo Barrenechea,
da secretaria de comunicação do PSTU São Gonçalo e Itaboraí
Na quinta passada (25), o PSTU São Gonçalo e Itaboraí realizou o debate "Pode haver paz na Palestina? A luta pela liberdade sob a opressão de Israel", com a participação de cerca de 20 pessoas. Os debatedores - Diogo de Oliveira, geógrafo, professor da rede estadual de educação, diretor do Sepe e militante do PSTU, e Patrícia Santiago, advogada, militante feminista e candidata a deputada estadual - falaram da atual situação da região, após o fim da ofensiva militar israelense, e no contexto da Terceira Intifada palestina.
A situação palestina e seu contexto histórico
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Fotos: RB |
Diogo iniciou o debate fazendo uma comparação entre a situação das escolas no Brasil - que, apesar de sucateadas, ainda estão sob o controle do Estado - e na Palestina, cuja administração, sob a Autoridade Nacional Palestina, não tem recursos para mantê-las. Nesse caso, cabe à ONU gerir tanto o sistema de educação quanto o de saúde tanto na Cisjordânia quanto em Gaza. Falando sobre os ataques perpetrados por Israel, em resposta a suposto ataques terroristas do Hamas, Diogo afirma que foi "um genocídio, porque atinge todo um povo, toda uma nacionalidade".
As raízes do conflito palestino-israelense remontam ao final do século XIX e início do XX, quando começa a ocupação da Palestina árabe por judeus, inicialmente de forma pacífica e por meio da compra de terras na região. O aumento da importância econômica do petróleo, entre as duas guerras mundiais, altera a situação da região, tornando-a importante estrategicamente.
Após a II Guerra, a ONU vota uma resolução de partilha da região, dividindo-a em dois Estados: 51% das terras pertenceriam à Palestina, enquanto 48% ficariam com Israel. No entanto, em 1948 o Estado de Israel é proclamado e logo ocupa 57% da Palestina histórica. Após guerras como a dos 6 dias e do Sinai, esse índice chega a 80% da região, levando à fuga dos palestinos para vizinhos como Egito, Jordânia e Líbano. Esses refugiados formariam uma massa de refugiados, que se instalaram em campos extremamente precários.
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Mapa mostra a progressiva ocupação da Palestina por Israel |
Por outro lado, as ligações entre política e religião em Israel se intensificam, levando à criação de um Estado religioso, segregacionista e militarizado. Ainda segundo o professor Diogo, "vive-se por lá um regime análogo ao Apartheid sul-africano". A questão do conflito militar e a opressão israelense sobre o povo palestino traz uma questão importante para a esquerda mundial, que nos últimos anos tornou-se secundária: o internacionalismo. Para os palestinos, é fundamental que eles saibam que contam com o apoio dos trabalhadores de outros países.
Mas, ainda segundo o geógrafo, a esquerda vive uma intensa polêmica sobre o assunto, sobre a necessidade da destruição política de Israel e a instalação de um Estado único na região. Historicamente, as correntes que lutavam pela liberdade palestina, que se organizavam na Organização pela Libertação da Palestina (OLP), eram a favor de uma Palestina única, laica e democrática e pelo fim da existência de Israel. Contudo, a principal organização a defender tal política, o Fatah - de Yasser Arafat e Mahmoud Abbas -, cedeu em troca da administração de Gaza e Cisjordânia, quando da assinatura dos Acordos de Oslo, em 1993. Mesmo o Hamas - classificado como terrorista por Israel e pelos EUA -, diz que é pelo fim de Israel, mas na verdade abaixa a cabeça para o Fatah em troca do reconhecimento do seu governo em Gaza.
O povo dos territórios ocupados na Palestina, contudo, estão dando sua resposta. A terceira Intifada (em árabe, revolta) agora não apenas volta seus protestos contra o jugo israelense, mas também contra as direções tradicionais palestinas. Estas trocaram o poder que usufruem pelo esquecimento da Nakba (ou tragédia, como os palestinos chamam a fundação de Israel). Elas ainda lutam pela Palestina única, laica e democrática. Por outro lado, diversas correntes da esquerda no mundo também capitularam à existência de Israel, e acabam por concordar com a política dos dois Estados - originalmente proposta pelos EUA, com a concordância da URSS sob Stálin -, sem entender o caráter imperialista e agressivo do Estado de Israel e a necessidade de sua extinção e sua substituição de uma Palestina. A Liga Internacional dos Trabalhadores-Quarta Internacional (LIT-QI) - organização com a qual o PSTU simpatiza - considera que a classe trabalhadora, palestina, árabe e mundial - deve ser protagonista dessas lutas, e que somente uma revolução socialista pode assegurar por completo a realização desses objetivos.
Condição feminina e luta por liberdades na Palestina

A segunda debatedora, Patrícia Santiago, começou por fazer uma comparação entre a situação da mulher no Brasil e na Palestina. Ela salientou a mistificação que se faz sobre o machismo no mundo árabe, dizendo que "aqui o machismo também existe e mata tanto, se não mais, aqui do que lá". Para ela, é claro que existem diferenças culturais entre os dois povos, mas se aqui existe uma maior liberdade para as mulheres, por outra parte, a sociedade palestina tem uma maior preocupação pela proteção às mulheres, com as famílias sempre cuidando de viúvas e filhas.
Uma preocupação apontada sobre a questão da mulher é a opressão israelense, que relacionava maternidade e terrorismo, incentivando estupros e feminicídio como forma de controle político da luta palestina. Neste sentido, diversas manifestações de judeus ao redor do mundo, especialmente de mulheres judias, se levantaram contra essa abominação que é relacionar estupros, assassinato de mulheres e contenção de uma suposta "ameaça terrorista" palestina. Houve até mesmo ameaças e estupros contra essas mulheres que protestavam, por parte de grupos fundamentalistas israelenses.
O que se conclui aqui é que o estupro - condenado como crime de guerra pela legislação internacional - passou a ser uma arma, como uma forma de intimidação contra a luta pela liberdade palestina, através da desmoralização de um povo usando as mulheres como vítimas.
Outro aspecto da ocupação é a alteração no estilo de vida das mulheres nos territórios ocupados. "Primeiro, porque elas começaram a viver sob um estado de sítio, sob extrema repressão. Segundo, porque muitas delas ficaram viúvas e tiveram que ingressar no mercado de trabalho", afirma Patrícia. Porém, apenas 12% delas tem emprego formal, com a maioria das mulheres estando nas ocupações mais precarizadas. Ainda: 75% delas ganham menos que homens que realizam o mesmo trabalho.
Outro dado levantado por Patrícia é que 40 a 50% das mulheres palestinas desenvolveu algum tipo de transtorno psicológico, devido ao medo dos ataques e à morte de familiares. Isso é importante pelo fato de que, apesar das diferenças culturais, esse dado é resultado da opressão israelense, o que torna a necessidade da extinção de Israel ainda mais importante.
Após a atividade, houve uma confraternização, com os presentes comentando as discussões da atividade e degustando um feijão amigo, preparado pelos militantes do partido.
A Palestina é um territorio arido cuja produtividade dependa da tecnologia Israelense. Se não fosse o objetivo de criar um estado judeu na região a area faria parte dos paises vizinhos. Os supostos palestinos nunca plantaram uma arvore que fosse nesse territorio que desde o inicio pretendiam entregar á Jordania. Cisjordania e faixa de Gaza não pertenciam á Israel até 1967, mas o territorio só serviu de trincheira contra Israel. Os Palestino tiveram que ser expulsos da Jordania porque tentaram derrubar o governo da Jordania. No Libano alteraram o fragil equilibrio entre muçulmanos e cristãos, eles começaram a revolução do Libano que começou com a matança de cristãos pelos proprios palestinos. Hoje eles esfaqueia cidadãos e até estrangeiros nas ruas de Israel. O maior fiasco do lider palestino foi acusar os israelenses de matar um palestino que estava internado depois de esfaquear um israelense, deve ter matado esse israelense, israelenses vivem morrendo esfaqueados por palestinos. Aparecem lideres religiosos mandando usar o que tiver á mão para matar judeus e outros, mandam usar facas, pedras, ou qualquer objetivo que sirva de arma. Eles não querem uma Palestina laica, eles querem tudo o que os judeus contruiram, mas não querem os judeus. Eles não querem judeus em areas palestina, mas não tem nada contra em ter palestinos em areas judaicas. São contra medidas de segurança que protegem judeus e um reporter arabe admitiu isso.
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