(Herlon Siqueira, professor de Geografia da rede estadual e diretor do SEPE-SG,
e Gabriel Tolstoy, da Juventude do PSTU e do Movimento São Gonçalo na Luta)
Com uma população de mais de mais de um
milhão de habitantes segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatistica), São Gonçalo carece de vários serviços públicos como saúde, educação,
cultura e transporte. A população de São Gonçalo em sua maioria trabalha nos
municípios de Niterói e Rio de Janeiro, convivendo todos os dias com a precariedade
do transporte que não e público e sim uma concessão do poder público: estadual,
administrado por Sérgio Cabral, governador, e municipal, administrado pelo prefeito
Neilton Mulim.
Embalados pelas mobilizações de Junho de
2013, a cidade de São Gonçalo assistiu manifestações nunca vistas em sua história
com a participação de dez mil pessoas na primeira manifestação contra o aumento
da passagem e a segunda com a participação de cinco mil pessoas. Com a
participação da população e dos movimentos sociais o prefeito Neilton Mulim foi
obrigado a baixar o valor da passagem e com isso o aumento foi barrado pela
luta popular.
Mas a luta não pode parar, pois neste ano
de 2014 o prefeito Neilton Mulim, junto com o governo do Estado na figura do
governador Sérgio Cabral, aumentaram os valores das passagens municipais (ônibus
que circulam só dentro do município) e as intermunicipais (ônibus que circulam
entre SG e outros municípios). Temos então uma política a favor do lucro das
empresas que prestam o serviço e não do atendimento às necessidades da
população.
Neilton Mulim é um prefeito que não governa
para a população. Assim como Sérgio Cabral, que recentemente deu isenção fiscal
em torno de 50% do IPVA para as empresas de ônibus sem contar com as outras
isenções fiscais que tanto o governo do Estado a e a prefeitura de São Gonçalo
fazem para os empresários de ônibus de nossa cidade.
É urgente a criação de uma Empresa Municipal
de Transporte sob o controle dos trabalhadores, que organize as linhas de
transporte para dentro de São Gonçalo e para outros municípios da Região
Metropolitana. A Empresa Pública Municipal de Transporte deve abarcar, além dos
ônibus, as vans e os serviços de moto-táxi em nosso município, e com isso o
transporte público em São Gonçalo passa a funcionar de forma ordeira e
atendendo todos os bairros 24 horas por dia. Outras medidas necessárias são: acabar com a superexploração do trabalhador
que representa a dupla função nos ônibus, com o motorista fazendo também o
papel de cobrador; o fim dos micro-ônibus; a gratuidade para estudantes, idosos,
deficientes fisícos e desempregados; e a melhora da qualidade dos ônibus, com a
climatização deles para que os trabalhadores aguentem.
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